quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Memória de um Psicopata...

A calma imperava em seu terraço. Ele olha para baixo e sorri. Sentia o cheiro ferroso do sangue misturado ao da terra molhada ainda estava em sua mente. A chuva volta a cair, molhando o corpo no chão. Foi tudo para satisfazer uma curiosidade. Somente uma simples curiosidade: os intestinos tinham oito metros? Só havia uma forma de descobrir. E ele precisou de colaboração. Ergue a cabeça olhando para as nuvens e sentindo as gotas em seu rosto. Ele lembrava e sorria...

Estava andando no parque à noite. Com o fato martelando em sua cabeça. Até que ele a viu. Aproximou-se e acabaram passando quase uma hora conversando. Descobriu que ela era uma prostituta. Resolveu que sua curiosidade valia a pena sobre os riscos e a levou para o mato. A mulher se esforçava, ele podia perceber. Só que ele não era afetado, embora fingisse ser. Disfarçadamente pegou uma faca na mochila e a colocou encostada numa árvore próxima. Com um único golpe, a garganta da mulher fora cortada, o suficiente para o sangue jorrar farto e com força sujando a ambos. Ele viu o brilho da dúvida e da angústia nos olhos dela e sorriu como resposta, murmurando que estava tudo bem.

Ela cai, encostando-se a uma árvore e desmaiando. Ainda estava viva, mas a respiração estava cada vez mais fraca. Ele não estava disposto a esperar. Veste as luvas, afinal estava frio e ele não queria se incriminar. Puxa a prostituta, deitando-a na terra. Vai até sua mochila e pega sua régua de trinta centímetros, deixando a perto da mulher.

Segura a faca afiada com mais força e abre dois grandes talhos cruzados na barriga dela. Abre com certa dificuldade, por causa dos músculos e tudo o mais. Acaba percebendo que a vítima havia morrido. “Tanto faz” pensou “isso não vai influenciar em nada”. O cheiro forte o atinge, mas o nojo não vem. Somente o prazer de saciar sua dúvida.

Mergulha a mão enluvada nas entranhas e puxa o intestino. “Gelatinoso”. Sorriu com o pensamento. Estava feliz. Consegue achar o estômago e o segura de maneira a conseguir alcançar a régua. Corta logo no início do intestino, fazendo ácido e outras coisas escaparem pelos vãos abertos. Agora podia medir. A cada trinta centímetro fazia um pequeno corte para contar as marcas, mas poderia medir sem isso. Levantou-se para facilitar a medição.

Jogava o que já tinha contado ao lado do corpo ainda quente. Já tinha pouco mais de cinco metros quando teve que se abaixar novamente. Algo estava atrapalhando. Marcando onde parou a medição ele verifica e percebe que o útero estava prendendo o intestino abaixo. Com a faca e alguma dificuldade ele consegue cortar fora os órgãos que poderiam atrapalhar.

O útero, os ovários, parte da vagina, os rins e a bexiga foram cuidadosamente depositados ao lado do corpo, de forma que não atrapalhassem. Pouco depois ele volta a contar.

Seis metros e noventa e sete centímetros. Curioso. Ele ia ter que fazer novamente para verificar. Levanta-se e vai até um rio próximo. Tira as luvas e o casaco sujos de sangue e queima com a ajuda de um isqueiro. Minutos depois, joga as cinzas na água e volta para o local para pegar a sua mochila. Quando estava saindo, se lembra de algo e olha o relógio.

Quanta grosseria. Estava se esquecendo de pagar a mulher. Passaram três horas juntos. Ele mexe na sua carteira e pega o valor que ela cobraria. Protege as mãos com a camisa para sacar o dinheiro. Colocou ainda uma gorjeta generosa. Ela fora esplêndida no trabalho. Joga as notas próximo ao corpo.

Passara três horas com a mulher. Como o tempo passa rápido quando estava se divertindo...

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